A cidade de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, conta com um importante equipamento voltado ao cuidado em saúde mental: o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Nise da Silveira. Administrado pela Prima Qualitá Saúde em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, o local acompanha atualmente 271 pessoas em tratamento contínuo para transtornos mentais severos e duradouros.

Localizada na Rua Vilas Boas, número 131, no bairro Canaã, a unidade atua como referência no atendimento especializado e recebe encaminhamentos oriundos de toda a estrutura de saúde pública do município. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, entre 8h e 18h. Para quem deseja mais esclarecimentos ou orientações, os contatos disponíveis são: (22) 97401-4448 e (22) 3199-0371.

Para a coordenadora administrativa do CAPS, Jenifer Soares, o trabalho realizado é fruto de dedicação diária e tem transformado vidas. “Nosso propósito é acolher com dignidade cada pessoa que chega aqui. Trabalhamos para que elas se sintam valorizadas, tenham voz, autonomia e possibilidades de reconstruir suas trajetórias. Cada atividade, cada escuta, cada gesto dentro do CAPS tem um papel fundamental na construção de vínculos e na recuperação da autoestima dos nossos assistidos”, comentou.

Além do acompanhamento clínico e psicológico. Também são disponibilizados diversos atendimentos com equipe multiprofissional composta por médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros, assistentes sociais, entre outros especialistas.

Os cuidados oferecidos vão além da assistência tradicional. A estrutura dispõe de diversas ações que estimulam o bem-estar, a autonomia e o retorno à convivência social. Entre as atividades terapêuticas, estão incluídas oficinas de arte, como pintura e desenho, confecção de panos de prato, chaveiros, peças em crochê, além de momentos musicais e cuidados com a horta cultivada pelos próprios participantes.

Morador do distrito de Monte Alto, o senhor Antônio Carlos, de 57 anos, que frequenta o centro há dois anos, também compartilhou seu testemunho sobre o impacto positivo da unidade em sua vida. “Antes de começar meu tratamento aqui, eu vivia isolado, sem perspectiva e com muita dificuldade para lidar com minha mente. O CAPS me acolheu com carinho, me ajudou a entender o que estava acontecendo comigo e me deu força para continuar. Hoje eu participo das oficinas, fiz amizades, aprendi a me expressar e a me valorizar”, afirmou.

TEXTO: RODRIGO DA MATTA

FOTOS: REYNALDO FÉLIX