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Projeto de Psicoeducação em Saquarema recebe reconhecimento

Por Ayra Rosa em

O Centro Municipal de Reabilitação (CMR) de Saquarema foi premiado com o terceiro lugar na categoria Atenção Especializada do Prêmio Melhores do Ano da Prima Qualitá Saúde. A iniciativa reconhecida é o Grupo de Socialização e Psicoeducação para Jovens, que funciona paralelamente a um grupo voltado para os responsáveis dos participantes.
 
 O CMR é administrado pela Prima Qualitá Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Saquarema, o projeto foi criado para promover habilidades sociais, comunicativas e emocionais entre jovens com deficiência e seus responsáveis.

Foto: Reynaldo Félix

Para a autora do projeto, ao lado da psicóloga Adriana Soares Caetano, Marli Maria dos Santos, é um privilégio fazer parte de um projeto tão transformador quanto este, o Grupo de Socialização e Psicoeducação para Jovens e Responsáveis. “Quando olhamos para a juventude, especialmente para aqueles que enfrentam vulnerabilidades adicionais por conta de suas condições ou contextos sociais, percebemos o quão essencial é construir pontes. Pontes entre eles e suas famílias, entre eles e a sociedade, e, principalmente, entre eles e seus próprios sonhos”, comentou.
 
O programa reúne jovens e seus responsáveis em encontros semanais, realizados de forma paralela, com atividades estruturadas por psicólogos. Para os jovens, as sessões incluem jogos terapêuticos e discussões para abordar questões como expressão emocional e vínculos interpessoais. Já os responsáveis participam de atividades que estimulam reflexões sobre temas como autonomia e privacidade.

A entrada no grupo é voluntária, com uma triagem realizada por psicólogos. Cada grupo tem um limite de dez participantes para manter a qualidade das interações. Os jovens relataram maior liberdade de expressão, aprendizado sobre diferenças e melhorias na interação social. Eles também apontaram um impacto positivo nas relações familiares, embora desafios, como a falta de atividades externas ao centro, ainda sejam identificados.

Fotos: Divulgação

As responsáveis destacaram o fortalecimento de vínculos com seus filhos e entre si. Relataram mudanças nas dinâmicas familiares, com mais autonomia para os jovens e maior compreensão das necessidades individuais. O projeto foi iniciado em abril de 2024, coordenado por Aline Muniz Pinho e executado por uma equipe de psicólogas. As avaliações são realizadas semestralmente, e o modelo é considerado contínuo, com possibilidade de ampliação.

A mãe do autista Carlos Roberto de Andrade, de 10 anos, Maria de Andrade, comentou sobre a iniciativa. Segundo ela, participar desse projeto tem sido uma verdadeira bênção. “Cada etapa da vida do meu filho trouxe desafios únicos, e muitas vezes eu me sentia perdida, sem saber como ajudá-lo da melhor forma. Mas desde que começamos aqui, tudo mudou. Eu só tenho a agradecer por esse projeto maravilhoso. Antes de começarmos, meu filho estava muito fechado, era difícil para ele se expressar e até mesmo fazer amizades”, afirmou.

Texto: Rodrigo Da Matta